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Para não perder o semestre, alunos do curso de Comunicação Social da UFPB pretendem acionar o MPF; eles estão sem professor em uma disciplina. |
Há 5 meses, alunos da turma de Jornalismo do sétimo período da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) estão sem assistir aulas de uma determinada disciplina devido à falta de docente. Segundo os estudantes, o prazo para contratação de professores venceu na última quarta-feira e por isso pretendem acionar o Ministério Público Federal (MPF), a fim de garantir os direitos que lhes cabem.
Por conta da greve ocorrida no ano passado, as aulas do sétimo período iniciaram em novembro último e deve ser concluído em abril deste ano. No entanto, os alunos temem ser prejudicados por conta da inexistência de professor da disciplina 'Laboratório de Pequenos Meios', como relata a estudante Agatha de Assis.
“Já tentamos resolver com a coordenação, departamento e reitoria da universidade, mas o tempo vai passando e até agora nada foi feito. Então, estamos nos organizando para entrar com um processo administrativo contra a UFPB, junto ao Ministério Público para que a falta de professor não nos prejudique e nem nos impeça de concluir o período no prazo correto”, declarou a aluna de Jornalismo.
De acordo com o diretor do Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA) da UFPB, Davi Fernandes, a disciplina em questão é de competência do Departamento de Mídias Digitais (Demid), desde a separação entre os dois cursos, há cerca de três anos, no entanto, não estão oferecendo professor para ministrar as aulas. “Já solicitamos a demanda ao Demid, mas até o momento não cederam o professor para o curso”, afirmou.
Já o coordenador do curso de Jornalismo, Dinarte Varela, disse que desde a separação entre os dois cursos, o Demid “assumiu o compromisso que daria uma série de disciplinas ao curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, a exemplo da cadeira de laboratório de pequenos meios, no entanto, alegam que não tem professor”.
“Essa não é a primeira vez que isso acontece. Alunos de semestres anteriores tiveram de recorrer ao MPF, que fez a intervenção para que as aulas fossem realizadas. É uma situação que penaliza tanto o gestor quanto o aluno. Era preferível resolver o problema dentro da própria universidade, entretanto, os alunos têm todo o direito de mais uma vez procurar o ministério, já que eles são os mais lesados”, opinou.
Dinarte Varela acrescentou que o Demid afirma que irá solicitar um professor em tempo hábil, mas a mudança de reitorado tem dificultado o processo. “No departamento de mídias há professores habilitados que, inclusive, foram transferidos do curso de comunicação. Mas infelizmente, ficamos de mãos atadas por não termos o poder de decisão”, lamentou.
SEM CONTATO
A equipe de reportagem do JORNAL DA PARAÍBA tentou contato telefônico com o chefe do Departamento de Mídias Digitais, Saint-Clair Fernandes, bem como com o vice-chefe, Derval Gomes Golzio, mas nenhuma de nossas ligações foi atendida até o fechamento desta edição.
Da Redação com Jornal da Paraíba