quinta-feira, 30 de abril de 2015

Esse é o primeiro de muitos, que a justiça têm que trabalhar muito para descobri, os abusos de improbidade administrativa.

Justiça condena ex-prefeito do Sertão por improbidade administrativa

O julgamento ocorreu nesta terça-feira (28), com a relatoria do desembargador Oswaldo Trigueiro do Valle Filho.
 Por: Rebeca Carvalho


tjpbPor unanimidade, a Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça da Paraíba manteve a condenação do ex-prefeito do município de Princesa Isabel, José Sidney Oliveira, por improbidade administrativa. Com a decisão, o ex-gestor teve seus direitos políticos suspensos por seis anos e terá de ressarcir integralmente o dano causado ao erário, além de pagar multa e outras sanções. O julgamento ocorreu nesta terça-feira (28), com a relatoria do desembargador Oswaldo Trigueiro do Valle Filho.
Conforme denúncia do Ministério Público Estadual, o ex-prefeito, nos anos de 2000 a 2004 e 2005 a 2007, teria praticado vários atos de improbidade administrativa, período em que governou o município, dentre eles: realização de despesas não licitadas no valor de R$ 669.071,31 e a inexistência de licitação ou mesmo contrato hábil a justificar o transporte de estudantes universitários e técnicos de enfermagem para algumas cidades do Estado de Pernambuco, na quantia de R$ 20.950,00.
José Sidney ainda teria cometido as seguintes condutas: aplicações de recursos da CIDE combustível em finalidade diversa daquela constitucionalmente prevista, ou seja, em serviço de limpeza pública, e aplicação dos recursos do Fundef, na remuneração e valorização do magistério, abaixo do percentual legalmente exigível, além de imputação de débitos ao gestor no valor total de R$ 142.496,95, por despesas realizadas em sobrepreço, sem comprovação ou ao arrepio de determinação legal.
Para o relator, ficou evidente, com as provas nos autos, que José Sidney, valendo-se da condição de agente público, praticou condutas tidas como ímprobas, aos quais causaram evasão ao erário público e infringiram os princípios da administração pública.
O comportamento antiético e imoral do réu, consubstanciado na aferição de vantagens indevidas e prejuízo ao erário, entre outras, denota grave violação aos princípios da Administração Pública, merecendo reprimenda apta a atender ao princípio da proporcionalidade e aos fins sociais a que a Lei de Improbidade Administrativa se propõe”, disse o desembargador Oswaldo.
Quanto à alegação do ex-prefeito, de que as sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa não devem, necessariamente, ser aplicadas cumulativamente, o relator ressaltou que o entendimento não merece prosperar.
É cediço que as sanções da ação de improbidade administrativa são aplicadas de forma isolada ou cumulativa, conforme o caso exigir, pela própria redação do artigo, caput, da lei nº 8.429/1992”, ressaltou o magistrado.
O entendimento foi acompanhado pelo desembargador Abraham Lincoln da Cunha Ramos e pelo juiz convocado João Batista Barbosa.

RC tem até hoje para cumprir exigência do TCE e encaminhar prestação de contas da Educação

A cobrança dos documentos foi feita a chefe da CGE, Ana Maria Cartaxo B. Albuquerque. A chefe da CGE ficou informada sobre os prejuízos de irregularidades na prestação de contas.
 Por: Ilana Almeida


ricardo_entrevistaTermina hoje o prazo estipulado pelo Tribunal de Contas do Estado para que o Governo do Estado regularize a prestação de contas do exercício de 2014 e envie a documentação relativa aos gastos com a pasta da Educação. A recomendação da Corte de Contas foi que a Controladoria Geral do Estado fizesse o envio até 31 de março com prazo estendido por um mês.
O Tribunal enviou comunicação ao governo desde dezembro do ano passado: “ foi solicitada à Controladoria Geral do Estado, conforme Ofício nº 23/2014, datado de 11 de dezembro de 2014, documentação complementar dos restos a pagar da educação de 2014 que foram pagos até 31 de março de 2015, e até a presente data não foi fornecida a informação”.
A cobrança dos documentos foi feita a chefe da CGE, Ana Maria Cartaxo B. Albuquerque. A chefe da CGE ficou informada sobre os prejuízos de irregularidades na prestação de contas. O Tribunal informou que se os documentos não chegarem até a data de hoje, não serão computados nos gastos com educação do exercício de 2014.
O TCE alertou, ainda, para a necessidade de comunicar a decisão ao governador do Estado, Ricardo Coutinho.

terça-feira, 28 de abril de 2015

O Brasileiro Rodrigo Gulart foi executado na Indónesia.



28/04/2015 14h35 - Atualizado em 28/04/2015 15h37

Brasileiro Rodrigo Gularte é executado na Indonésia

Ele foi condenado à morte por tráfico de drogas em 2005.
É o 2º brasileiro executado por pelotão de fuzilamento no país este ano.

Do G1, em São Paulo
Segundo imprensa local, execução de Gularte poderia ocorrer ainda neste mês (Foto: AFP)O brasileiro Rodrigo Gularte foi preso em 2004 por tráfico de drogas na Indonésia (Foto: AFP)
O brasileiro Rodrigo Gularte, de 42 anos, foi executado na Indonésia na madrugada desta quarta-feira (29) – horário local, tarde de terça-feira (28) no horário de Brasília. Ele havia sido condenado à morte por tráfico de drogas, e a pena foi executada por um pelotão de fuzilamento.
De acordo com a emissora 9news, da Austrália, outros sete condenados por tráfico de drogas foram executados. A única mulher condenada do grupo, a filipina Mary Jane Veloso, não foi executada porque a pessoa que a recrutou para transportar drogas se entregou às autoridades. Mary Jane precisa testemunhar no processo desse outro suspeito, por isso o presidente filipino pediu que sua execução fosse postergada.
O paranaense Gularte foi preso em julho de 2004 depois de tentar ingressar na Indonésia com 6 quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe. Ele foi condenado à morte em 2005.
Ele é o segundo brasileiro executado no país este ano – em janeiro, Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, foi fuzilado. Ele também cumpria pena por tráfico de drogas.
A filipina Mary Jane Veloso, em foto de 21 de abril, durante celebração do Kartini Day, em homenagem à ativista dos direitos femininos Raden Kartini, na prisão Yogyakarta (Foto: AFP Photo/Tarko Sudiarno/Files)A filipina Mary Jane Veloso, em foto de 21 de abril, durante celebração do Kartini Day, em homenagem à ativista dos direitos femininos Raden Kartini, na prisão Yogyakarta. Nesta terça, ela seria executada, mas o presidente filipino pediu que sua execução fosse adiada  (Foto: AFP Photo/Tarko Sudiarno/Files)
Gularte foi diagnosticado com esquizofrenia por dois relatórios médicos no ano passado. Em março, uma equipe médica reavaliou o brasileiro a pedido da Procuradoria Geral indonésia, mas o resultado deste laudo não foi divulgado.
Familiares e conhecidos relataram que Gularte passava seus dias na prisão conversando com paredes e ouvindo vozes. Dizem que ele se recusava a tirar um boné, que usava virado para trás, alegando ser sua proteção.
Angelita Muxfeldt, prima de Gularte, passou os últimos meses na Indonésia tentando reverter a decisão. Ela esteve com ele pela última vez na tarde de terça, no horário local, horas antes da execução.
Angelita contou, antes da execução, que não disse ao primo claramente o iria ocorrer, e que ele não sabia o que iria acontecer, apesar de ter sido informado no sábado (25) da morte iminente. Segundo a brasileira, ele sofre de delírios e não entendeu que seria executado, acreditando que ainda seria solto.
Além do brasileiro, sete outros suspeitos foram executados. Todos foram condenados por tráfico de drogas e tiveram seus pedidos de clemência rejeitados.
Eles são os australianos Myuran Sukumaran e Andrew Chan, os nigerianos Martin Anderson, Okwudili Oyatanze, Sylvester Obiekwe Nwolise e Jamiu Owolabi Abashin e o indonésio Zainal Abidin. A filipina Mary Jane Veloso foi poupada. A Austrália e as Filipinas também tentaram diversos recursos para adiar as execuções, além de realizarem pressão diplomática, mas sem sucesso.
Montagem com fotos de seis dos oito executados à morte por tráfico na Indonésia na terça (28): acima, a partir da esquerda, os australianos Myuran Sukumaran e Andrew Chan o nigeriano Martin Anderson. Abaixo, os nigerianos Jamiu Owolabi Abashin e Sylvester (Foto: AFP Photo)Montagem com fotos de seis dos oito executados à morte por tráfico na Indonésia na terça (28): acima, a partir da esquerda, os australianos Myuran Sukumaran e Andrew Chan o nigeriano Martin Anderson. Abaixo, os nigerianos Jamiu Owolabi Abashin e Sylvester (Foto: AFP Photo)
Crise diplomática
Em janeiro, o fuzilamento de Marco Archer gerou uma crise diplomática entre o país asiático e o Brasil.
A presidente Dilma Rousseff se disse "consternada e indignada" com o ocorrido e convocou o embaixador brasileiro em Jacarta para consultas.
Em fevereiro, Dilma decidiu adiar o recebimento das credenciais do novo embaixador da Indonésia em Brasília para reavaliar a situação bilateral entre os dois países. Em represália, o Ministério das Relações Exteriores indonésio chamou de volta ao país o embaixador no Brasil, Toto Riyanto, e convocou para uma reunião o então embaixador brasileiro em Jacarta, Paulo Soares, que deixou o comando da chancelaria indonésia em março.
Atualmente, a embaixada do Brasil em Jacarta está sendo chefiada, interinamente, por Leonardo Monteiro, encarregado de negócios da chancelaria indonésia.
A Indonésia reforçou suas penalidades por crimes de tráfico de drogas e voltou a realizar execuções em 2013, depois de uma pausa de cinco anos.

Brasileiro pode ser executado ainda hoje na Indonésia

O prazo de 72 horas dado pela justiça indonésia após o anúncio para os prisioneiros de que eles serão executados terminou.
Por: Rebeca Carvalho


rodrigogularteO brasileiro Rodrigo Gularte, condenado à morte na Indonésia por tráfico de drogas, não sabe que poderá ser executado a qualquer momento, informou a prima dele, Angelita Muxfeldt, que o acompanha no país asiático, segundo o jornal “Hora 1”. A brasileira contou que seu primo está muito calmo, e ainda acredita que será solto.
O prazo de 72 horas dado pela justiça indonésia após o anúncio para os prisioneiros de que eles serão executados terminou. Os nove condenados – oito deles estrangeiros – podem ser mortos por fuzilamento a partir desta terça.
O governo local não informou a data e a hora das execuções, mas acredita-se que elas ocorrerão nas primeiras horas desta quarta-feira (29) – tarde desta terça-feira (28) no horário de Brasília.
Angelita visitou Gularte nesta terça. O governo Indonésio orientou as famílias dos presos a irem à prisão onde eles são mantidos. Segundo a imprensa local, eles foram orientados a se despedir dos condenados.
A brasileira saiu chorando da prisão, e deu uma entrevista aos jornalistas indonésios, em uma tentativa de sensibilizar o governo, tentando dizer ao presidente que ele recusou erradamente o pedido de clemência de Gularte. Ela tem uma equipe de 10 advogados trabalhando pelo brasileiro, além de uma ONG que resolveu ajudar.
Angelita contou que não disse ao primo claramente o que deve ocorrer nas próximas horas, e que ele não sabe o que vai acontecer, apesar de ter sido informado no sábado. Segundo a brasileira, ele sofre de delírios e não entendeu que será executado, nega que isso vá ocorrer e acredita que vai ser solto.
O brasileiro foi diagnosticado com esquizofrenia por dois relatórios no ano passado. Em março, uma equipe médica reavaliou o brasileiro à pedido da Procuradoria Geral indonésia, mas o resultado deste laudo não foi divulgado.
Familiares e conhecidos relataram que Gularte passa seus dias na prisão conversando com paredes e ouvindo vozes. Dizem que ele se recusa a tirar um boné, que usa virado para trás, alegando ser sua proteção.
O brasileiro passou 11 anos em prisões da Indonésia. Ele foi preso em julho de 2004 após tentar entrar na Indonésia com 6kg de cocaína escondidos em pranchas de surfe, e foi condenado à morte em 2005.
Gularte poderá ser o segundo brasileiro a ser executado na Indonésia. Em janeiro, o carioca Marco Archer Cardoso Moreira foi fuzilado após ser condenado à morte por tráfico de drogas.
Outros condenados
Além do brasileiro Rodrigo Gularte, sete outros estrangeiros e um indonésio podem ser executados nas próximas horas na Indonésia. Todos foram condenados por tráfico de drogas e tiveram seus pedidos de clemência rejeitados. Dois australianos, quatro nigerianos e uma filipina estão na lista. Já o francês Serge Atlaoui teve sua execução adiada por recurso.
Os australianos Myuran Sukumaran e Andrew Chan são considerados integrantes de uma quadrilha de traficantes conhecida como “Os Nove de Bali”. Chan, de 31 anos, foi preso no aeroporto de Bali em abril de 2005, acusado de tentar contrabandear 8 kg de heroína. Sukuraman, um cidadão australiano nascido em Londres de 34 anos, é acusado de ser o líder dos Nove de Bali e foi condenado em 2006.
A ministra das Relações Exteriores da Austrália, Julie Bishop, afirmou ter recebido uma carta do chanceler indonésio na noite desta segunda avisando sobre a execução iminente dos dois traficantes, sem oferecer nenhuma esperança de indulto.
“Eles não deram nenhuma indicação de que o presidente (indonésio, Joko) Widodo mudaria de ideia e concederia a clemência que temos tentado”, disse Bishop à Nine Network na terça-feira (horário local).
Bishop disse que não foi dada uma data ou hora para as execuções de Myuran Sukumaran e Andrew Chan. O governo australiano pediu à Indonésia para adiar as execuções até que as alegações de que o julgamento dos dois teria sido marcado por corrupção sejam investigadas. Uma apelação no Tribunal Constitucional também deve ser julgada até 12 de maio.
A única mulher do grupo tem 30 anos e foi presa no aeroporto de Jacarta em 2010 com 2.5 kg de heroína. Ela afirma que foi enganada por uma mulher que havia prometido um emprego como doméstica e escondeu drogas em sua bagagem. Seu mais recente pedido de revisão de julgamento foi rejeitado na segunda.
O nigeriano Martin Anderson, de 50 anos, foi inicialmente identificado como ganês porque usava um passaporte falso ao ser preso, em 2003, com cerca de 30 gramas de heroína. Acusado de ser integrante de uma quadrilha em Jacarta, foi sentenciado à morte em 2004.
Outro nigeriano do grupo é Okwudili Oyatanze, de 41 anos. Ele foi preso em 2001 quando tentava entrar no país, vindo do Paquistão, com 2.5 kg de heroína em cápsulas em seu estômago. Condenado à morte no ano seguinte, compôs mais de 70 músicas e gravou discos de música gospel dentro da prisão.
Sylvester Obiekwe Nwolise, de 47 anos, é outro nigeriano que foi preso ao tentar entrar no país com cápsulas de heroína em seu estômago, no caso pouco mais de 1 kg. Atraído ao Paquistão por uma promessa de emprego, diz que concordou em levar a droga por achar que se tratava de pó de chifre de cabra, contrabandeado apenas para evitar o pagamento de impostos. Ele foi preso e condenado em 2001.
O estrangeiro que há mais tempo aguarda execução é o nigeriano Jamiu Owolabi Abashin, de 50 anos. Sua versão é a de que um amigo, que o acolheu quando ele vivia nas ruas de Bangkok, na Tailândia, pediu para que ele levasse um pacote com roupas usadas para uma mulher que venderia as peças em Surabaya, na Indonésia. Abashin diz que só ao chegar ao aeroporto e ser preso, por usar um falso passaporte espanhol com o nome de Raheem Agbaje Salami, descobriu que carregava mais de 5 kg de heroína em sua bagagem. Ele foi condenado inicialmente à prisão perpétua, em 1999, e teve sua pena reduzida para 20 anos após uma apelação. Mas, em 2006, a Corte Suprema da Indonésia alterou novamente sua pena, condenando-o à morte.
Único não estrangeiro no grupo que deve ser executado esta semana, Zainal Abidin, de 50 anos, foi condenado depois que a polícia encontrou cerca de 60 kg de maconha em sua casa, em Palembang, em dezembro de 2000. Ele diz que a droga pertencia a dois amigos que estavam hospedados no local e que ele sequer sabia o conteúdo dos pacotes. Em 2001, ele foi condenado a 15 anos de prisão, mas no mesmo ano sua sentença foi convertida à pena de morte.
G1

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Brasil

27/04/2015 07h10 - Atualizado em 27/04/2015 07h44

A 28 cm de cota histórica, cheia do Rio Solimões afeta milhares no AM

Município de Tabatinga tem 75% de áreas alagadas; rio chegou a 13,54 m. 
18 municípios estão em situação de emergência no interior do estado
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Adneison SeverianoDo G1 AM
Tabatinga no Amazonas (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)Tabatinga, no interior do Amazonas, tem 75% de áreas alagadas (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
A menos de 30 centímetros de alcançar o nível da maior cheia do Rio Solimões, Tabatinga está com 75% das zonas urbana e rural atingidas pela subida das águas. A estimativa da Defesa Civil Municipal é que cerca de 9 mil pessoas enfrentam os impactos negativos da cheia deste ano. Tabatinga é um dos 18 municípios em situação de emergência por conta da enchente no interior do Amazonas. Moradores de áreas alagadas relatam transtornos em uma das maiores cheias dos últimos anos.
O município de Tabatinga fica localizado na tríplice fronteira (Brasil, Colômbia e Peru) a 1.105 km de Manaus. A cidade é situada na calha do Alto Solimões, região mais afetada pela cheia no Amazonas, que agora convive com a iminência de registrar mais uma enchente histórica.
O nível do Rio Solimões alcançou a marca de 13,54 metros neste domingo (26). Faltam apenas 28 centímetros para a cota histórica de 13,82 m, registrada na cheia de 1999, ser atingida e 22 cm para chegar ao segundo maior nível registrado em Tabatinga (cheia de 2012). Segundo a Defesa Civil Municipal, o rio tem subido cerca de 4 centímetros diariamente.
Adelaide Gonçalves, de 52 anos, acompanha o avanço das águas e teme a segurança da família (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)Adelaide Gonçalves teme pela segurança da família
(Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
Da porta da residência onde mora com mais 13 pessoas, a dona de casa Adelaide Gonçalves, de 52 anos, acompanha o avanço das águas. Ela é moradora do Bairro Guadalupe, uma das seis localidades ribeirinhas que estão submersas. A população utiliza passarelas de madeira improvisadas para circular pelas ruas.
"São muitas dificuldades que enfrentamos. Nossa vida é determinada pelo rio. Dentro da minha casa já estamos com mais de um metro de maromba [assoalho de madeira suspenso]. As cobras entram nas nossas casas. Se o rio subir mais vou perder móveis como aconteceu na cheia de 2012", relatou ao G1.
São muitas dificuldades que enfrentamos. Nossa vida é determinada pelo rio"
Adelaide Gonçalves, dona de casa
Mesmo há 20 anos convivendo com regime de cheias e os danos gerados pela inundação, Adelaide mantém o anseio de deixar para trás a vida às margens do Solimões. "Há quatro anos espero a residência que a prefeitura prometeu. É um sonho sair dessa enchente. Não suportamos passar todos os anos por essa situação", desabafou a dona de casa.
Outros cinco bairros de Tabatinga estão alagados: Dom Pedro, Portobras, Brilhante, Umariaçu I e II. De acordo com titular da Defesa Civil Estadual, coronel Roberto Rocha, o nível do Rio Solimões tem aumentado cada a cada dia na região.
"Temos uma preocupação com essa evolução gradual e gradativa. Acreditamos que pode chegar ou ultrapassar a marca da cheia de 2012. Por isso estamos reforçando a linha de trabalho da distribuição de medicamentos e a retirada das famílias de áreas alagadas para levá-las aos abrigos seguros", explicou Roberto Rocha.
Escolas sem aulas
Segundo o secretário de Defesa Civil do município, J. Costa, 25% da área urbana e 50% da zona rural estão alagados. O avanço das águas atingiu 29 comunidades, afetando quase 9 mil moradores.
"Estamos com 28 escolas da rede pública de ensino com atividades paralisadas e com 1.631 alunos sem aulas há mais de 30 dias. Entre desabrigados e desalojados são 88 famílias", informou o secretário.
Defesa Civil tem monitorado as áreas de risco em Tabatinga (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)Defesa Civil tem monitorado as áreas de risco em Tabatinga (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
Uma das reclamações dos moradores de área de risco é a demora para entrega de unidades habitacionais. O representa da prefeitura justificou que houve um atraso da conclusão das obras de 300 casas que deveriam ter sido entregues em dezembro de 2014. O projeto tem recursos do programa Minha Casa, Minha Vida. "Os beneficiários prioritários dessas casas populares são as famílias de áreas de risco. A previsão é que até junho as obras sejam concluídas", afirmou Costa.
Balanço da Cheia
No Amazonas, 18 cidades estão em situação de emergência. Na calha do Rio Juruá os municípios afetados são: Itamarati, Guajará, Ipixuna, Envira e Juruá. Na calha do Rio Purus, Canutama, Tapauá, Carauari, Pauini e Lábrea sofrem danos causados pela cheia. Atalaia do Norte, Benjamin Constant, Tabatinga, Amaturá, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença e Tonantins situados no Alto Solimões também estão em situação de emergência por causa do avanço das águas.
Casas ficaram isoladas com elevação do nível das águas (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)Casas ficaram isoladas com elevação do nível das águas (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
 A cidade, que fica no Sul do estado e banhado pelo Rio Purus, está em estado de calamidade pública. Humaitá (Rio Madeira) e outros quatro municípios do Médio Solimões  - Fonte Boa, Uarini, Alvarães e Tefé - estão situação de alerta.
Ao todo, 110.610 pessoas de 22.116 famílias foram afetadas pela cheia dos rios neste ano. Os dados são da Defesa Civil Estadual, que tem coordena a ajuda humanitária e assistências às vítimas. Já distribuídos 363 toneladas de alimentos não perecíveis, além de medicamentos, materiais para purificação da água (filtros e hipoclorito de sódio) e kit's dormitório (colchões, redes e mosquiteiros). Instituições públicas e empresas doaram parte dos mantimentos. O governo do estado repassou R$ 1.200,000 as prefeituras de quatro municípios.
Casas foram invadidas pelas águas  (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)Casas foram invadidas pelas águas (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)
População afetada improvisa estrutura de madeira  (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)População afetada improvisa estrutura de madeira (Foto: Adneison Severiano/G1 AM)

Cássio diz que terceirização no governo RC virou “antro de corrupção”

Ao comentar o Projeto de Lei 4330, que deverá tramitar no Senado Federal nos próximos dias, após ser aprovado pela Câmara, o parlamentar afirmou que a terceirização na Paraíba abriu as portas para a corrupção.
 Por: Blog do Gordinho


cassio
O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) voltou a criticar a terceirização dos serviços de saúde na Paraíba durante a gestão do governador Ricardo Coutinho (PSB). O tucano lamentou a perda de direitos trabalhistas que levam vários funcionários a recorrer à Justiça.


“A Paraíba tem um exemplo muito claro de terceirização que tem péssimos resultados. No Hospital de Trauma e em outros hospitais, são trabalhadores demitidos que não têm direito, são inúmeras ações trabalhistas que hoje correm na justiça paraibana e sem que o governo do estado se responsabilize porque nós temos hoje 12 milhões de trabalhadores terceirizados que não têm nenhuma proteção”, observou.


Ao comentar o Projeto de Lei 4330, que deverá tramitar no Senado Federal nos próximos dias, após ser aprovado pela Câmara, o parlamentar afirmou que a terceirização na Paraíba abriu as portas para a corrupção.


“Basta olhar para os hospitais onde os médicos concursados do estado são muito maltratados e médicos, que muitas vezes vêm do Rio de Janeiro, que têm um tratamento diferenciado. Nós temos que proibir isso no serviço público, até por que os exemplos são péssimos, virou um antro de corrupção, de perseguição política, de malversação de dinheiro público”, declarou.

Grupo faz ‘rachas’ de moto e tenta chegar a 299 km/h em rodovias da Paraíba

Na rodovia, entre João Pessoa e Campina Grande, os motoqueiros cometem infrações gravíssimas: fazem ultrapassagens perigosas em local não permitido e até pilotam sem segurar o guidão.
 Por: Blog do Gordinho



racha
A edição do telejornal ‘Fantástico’ revelou detalhes da operação deflagrada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na última sexta-feira (24) que teve o objetivo de coibir crimes de trânsito. De acordo com a reportagem, um grupo de motoqueiros da Paraíba, apelidado de “Clube do 299″, estava fazendo rachas e cometendo infrações gravíssimas.

Confira a reportagem:
Na Paraíba, um grupo de motoqueiros ganhou fama e até um apelido: “Clube do 299″.
Eles aceleram muito, com um objetivo: chegar a 299 km/h.
“A partir do momento que ele atingiu aquilo, registrou aquilo, aquilo vai fazer ele ser mais respeitado como motociclista que corre mais”, diz Anderson Poddis, assessor de comunicação da PRF-PB.
“Vários deles furaram blitz, chegando inclusive a ter a possibilidade de atropelar um dos guardas da Polícia Rodoviária Federal. São verdadeiras armas nas mãos daqueles que não querem cumprir a legislação”, afirma Bertrand Araujo Asfora, procurador-geral de Justiça da Paraíba.
Nos últimos quatro meses, a Polícia Rodoviária Federal acompanhou cada movimento desses motoqueiros da Paraíba. Descobriu que eles usavam grupos restritos nas redes sociais para marcar as corridas.
É na BR-230, a principal rodovia do estado da Paraíba, que os motoqueiros faziam os rachas. Na estrada, a velocidade máxima permitida é de 110 km/h.
Na rodovia, entre João Pessoa e Campina Grande, os motoqueiros cometem infrações gravíssimas: fazem ultrapassagens perigosas em local não permitido e até pilotam sem segurar o guidão.
Os motoqueiros faziam questão de compartilhar os vídeos com os amigos. Em janeiro, policiais gravaram um dos rachas do Clube do 299. No vídeo, todas as motos passam voando. Algumas estão indo tão rápido que o radar nem consegue registrar a velocidade.
Para mostrar o tamanho do perigo, o Fantástico fez um teste no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Primeiro, pedimos a um piloto profissional que dirigisse a 110 km/h. E depois, a mais de 200 km/h.
E os freios? Como funcionam numa situação dessas? A 110 km/h, a moto parou depois de percorrer 34 metros. A mais de 200 km/h, a moto percorreu 143 metros, uma distância quatro vezes maior até parar.
“Na estrada, a chance de morrer é alta. Por quê? Primeiro, você não controla as variáveis. Você não sabe se tem uma sujeira no chão, uma ondulação. A 200 por hora, uma ondulação é suficiente para derrubar”, alerta Roberto Manzini, especialista em direção defensiva.
Na sexta-feira (24), o Fantástico acompanhou a operação contra o Clube do 299 na Paraíba.
Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Ministério Público já tinham provas suficientes para apreender as motos e as habilitações dos integrantes do grupo. Segundo as investigações, quem organizava as corridas clandestinas era o empresário Gibran Moraes. Ele aparece em vários vídeos fazendo manobras arriscadas e em altíssima velocidade.
No apartamento de Gibran, os policiais também encontraram um revólver e munição até para fuzil. Em um vídeo, o empresário aparece atirando com uma pistola 9 milímetros, que é de uso exclusivo das Forças Armadas. Por causa da munição de fuzil que é de uso restrito, Gibran continua preso.
Na operação policial desta semana, na Paraíba, dez motoqueiros acusados de participar dos rachas tiveram a habilitação apreendida. Ou seja, não podem dirigir.
“É uma questão de provar que ‘ah, eu não sou medroso. Não aconteceu nada’. Hoje. E amanhã? A chance de dar errado e de se matar é grande e ainda matar terceiros”, diz Roberto Manzini, especialista em direção defensiva.