quinta-feira, 22 de agosto de 2013
RC alfineta gestões anteriores ao criticar modelo de Estado que resolvia problemas pessoais
O governador Ricardo Coutinho (PSB) afirmou ontem (21) que o modelo de
gestão que buscava resolver problemas pessoais de cada cidadão faliu. A
declaração, que a priori não é direcionada a nenhuma gestão específica,
acaba atingindo os governos que apostaram em ações mais clientelistas,
caso dos governos de Cássio Cunha Lima (PSDB) e José Maranhão, que
utilizaram a FAC como máquina de governo.
Durante muito tempo foi prática comum a distribuição de cadeiras de
roda, materiais de construção, aparelhos médicos. Isto é, a doação pelo
Estado de utensílios direcionados a questões especificadas apresentadas
por carta, ou pessoalmente, pelos cidadãos ao chefe do executivo
estadual. Mesmo hoje é comum ver nas solenidades populares cercarem o
governador com bilhetes e solicitações das mais diversas, desde uma casa
nova a emprego.
“Nós alimentamos (isso), talvez durante mais de um século, desde que o
Estado se fez Estado. Quando o Estado podia tudo, quando o Estado
tentava resolver o problema pessoal de todo mundo. Esse modelo não
existe mais, esse modelo faliu e faliu há muito tempo. Só esqueceram de
avisar às pessoas”, revelou o governador.
Explicando sua visão sobre um Estado mais impessoal, o governador
insinuou que os gestores anteriores esqueceram de contar isso as
pessoas. “Esqueceram de colocar isso concretamente na vida das pessoas e
as pessoas foram sendo meio que enganadas. E não é nem enganadas com má
fé, enganadas pelas circunstâncias mesmo... Quando o Estado não tinha
muitas alternativas... Essa é a primeira coisa para nós que é
importante... É perceber a caminhada que está sendo feito. É preciso ter
regras claras e caminhos bastante seguros para que o Estado possa ser
bastante competitivo”, finalizou.
Vale a ressalva: o governo de Coutinho mantém a utilização da FAC e do
Fundo de Combate a Pobreza para minimizar situações de pobreza extremas,
ou para atuar como auxílio a organizações que atuam junto as
comunidades, o que não deixa de ser também uma ação clientelista. Da
mesmo forma é feito pelo do Governo Federal com o Bolsa Família.
Da Redação com Paulo Danta
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