uarta-feira, 30 de outubro de 2013
Paralisação de professores deixa 300 mil alunos sem aula em toda a Paraíba
Reunião com o governador Ricardo Coutinho |
Cerca de 300 mil estudantes deverão ficar sem aulas a partir desta
quarta-feira (30), devido à paralisação dos professores e técnicos da
educação pública do Estado. A classe reivindica o cumprimento das
ascensões previsto no Plano de Cargos Carreira e Remuneração (PCCR) e
gratificações junto com o pagamento do Piso Nacional.
Os sindicalistas ainda lutam melhorias de condições de trabalho,
pagamento do Piso Nacional com retorno das gratificações removidas após
aplicação das bolsas de produtividade.
Nessa terça-feira (29), o governador Ricardo Coutinho recebeu na Granja
Santana, a diretoria da Associação dos Professores de Licenciatura
Plena do Estado da Paraíba (APLP-PB). Na pauta do encontro, as propostas
de revisão dos planos de progressão e melhorias salariais. Estiveram
presentes representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do
Estado da Paraíba (Sintep) e secretários de Estado.
Durante a reunião, ficou definido que será publicada no Diário Oficial
do Estado a criação da comissão para estudar os parâmetros das
progressões salariais. O governador Ricardo Coutinho reafirmou o esforço
do Estado para instituir uma Data Base em janeiro com olhar
diferenciado para algumas categorias, como o magistério e a segurança
pública. “Ao magistério concedemos um reajuste médio de 10%, através da
recomposição da tabela, atendendo demanda da categoria, pagando o piso
nacional e incluindo o 14º e em alguns casos o 15º salário com os
programas Mestres da Educação e Escola de valor”, lembrou.
O presidente da APLP, Francisco Fernandes, afirmou que a reunião foi
importante para a abertura de um diálogo sobre as progressões salariais e
os níveis da categoria. “Defendemos uma progressão salarial por
titulação como forma de estimular a qualificação dos professores.
Estamos dando os primeiros passos e temos tempo para dialogar e avançar.
Sem o diálogo não chegaremos a lugar nenhum”, comentou.
Francisco Fernandes reconheceu avanços na educação com a convocação de
concursados, a instituição de uma data base e do 14º e 15º salários que
considerou serem ótimos mecanismos para estimular o professor. “Dentro
da associação orientamos todos os docentes a inscreverem seus trabalhos.
É um estímulo para a pesquisa, a elaboração de projetos que inserem os
alunos na prática acadêmica”, observou.
A secretária de Educação do Estado, Márcia Lucena, avaliou a reunião com
os professores como positiva e esclarecedora com a colocação na mesa
das propostas da categoria e a realidade financeira do Estado. “Estamos
formando uma comissão bastante representativa para estudarmos as
progressões salariais e pretendemos, já na próxima semana, nos reunirmos
novamente com a categoria”, informou a secretária.
Participaram da audiência os diretores da APLP, Francisco Fernandes,
Bartolomeu Pontes, Lúcio Barbosa e Fernando Lira; e as secretárias de
Administração, Livânia Farias, e de Educação, Márcia Lucena.
Da Redação com correio
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