quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Pressionada, Casa Branca antecipa divulgação de relatório sobre espionagem

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Pressionada, Casa Branca antecipa divulgação de relatório sobre espionagem

A pressão por mudanças aumentou e a administração Barack Obama decidiu antecipar para esta quarta-feira a divulgação do relatório produzido por um comitê consultivo presidencial sobre o que deve mudar nos programas de vigilância mantidos pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês). Nesta semana, um juiz federal considerou que a coleta e armazenagem de dados telefônicos provavelmente viola a Constituição. E, em uma reunião de mais de duas horas, empresas de tecnologia cobraram celeridade do governo americano na decisão sobre mudanças que imponham restrições aos programas e os torne mais transparentes. Para o setor de tecnologia, as revelações feitas pelo ex-analista de inteligência Edward Snowden prejudica os negócios ligados à venda de hardware, serviços de nuvem e redes sociais.

Inicialmente, a Casa Branca pretendia divulgar o relatório em janeiro, junto com as decisões do presidente sobre as sugestões – quais seriam adotadas, quais seriam adaptadas e quais seriam descartadas. O porta-voz Jay Carney afirmou que, com a mudança, o público americano poderá julgar o conteúdo do relatório.

O documento é bastante crítico em relação a algumas práticas da NSA que desagradaram as empresas de tecnologia, ressaltou o jornal The New York Times. Uma delas é o esforço em garantir o acesso a todas as comunicações criptografadas. E também a reserva de informações sobre falhas secretas em softwares que podem ser usadas como ferramentas para hackear sistemas. Estas recomendações devem enfrentar resistência do pessoal de inteligência, pelo temor de que as agências fiquem impossibilitadas de invadir conversas de grupos terroristas.

Entre as mais de quarenta recomendações também está passar o comando da NSA da área militar para a civil, dar continuidade ao armazenamento de dados telefônicos, mas sem que isso fique nas mãos da NSA, sendo transferido às companhias telefônicas ou a terceiros, e ainda tirar da diretoria de informação da NSA a responsabilidade pela proteção de sistemas de computador secretos do governo e transferi-la para outro órgão. O objetivo desta mudança, segundo o Washington Post, é separar uma missão defensiva da missão ofensiva da agência.

O comitê de cinco integrantes conta com nomes como Richard Clarke, conselheiro contraterrorismo dos governos Bill Clinton e George W. Bush, Michael Morell, que foi vice-diretor da CIA, e Peter Swire, que trabalhou em questões ligadas à tecnologia nas administrações Obama e Clinton.

O amplo sistema de espionagem americano revelado por Snowden também irritou governos que foram alvo da bisbilhotice. A presidente Dilma Rousseff e a chanceler alemã Angela Merkel reclamaram diretamente com o presidente americano da espionagem contra seus governos. As reclamações, contudo, ignoraram que a inteligência é trabalho rotineiro de qualquer democracia e que a diferença é a forma como os governos se adaptam à nova realidade.




Da Redação
com Veja (Com agência Reuters
Blog Mari Fuxico 

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