quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Iai o bicho vai pegar.



Edição do dia 12/12/2013
12/12/2013 00h47 - Atualizado em 12/12/2013 00h47

Começa julgamento de ação que pede fim de doações para eleições

OAB pede fim de doação de empresas privadas para campanhas eleitorais.
Com o STF em recesso, julgamento só deve terminar no ano que vem.

Geiza Duarte Brasília, DF
Comente agora
O Supremo Tribunal Federal começou a julgar a ação da OAB, que pede o fim da doação de empresas privadas para campanhas eleitorais.
O ministro Luiz Fux, relator do processo, concordou com o pedido feito pela Ordem dos Advogados do Brasil e considerou inconstitucional a doação de dinheiro por empresas privadas a candidatos e partidos políticos. “É para dizer, no mínimo, sintomática a influência do poder econômico no resultado das eleições”.
No voto, o relator também defendeu que o Congresso mude a regra atual que limita as doações feitas por pessoas físicas a 10% dos rendimentos. Ele considerou que seria mais justo trocar o percentual por um valor máximo, igual para todos que queiram fazer as doações.
Para o advogado-geral da União, o financiamento de campanhas eleitorais deve ser definido em lei. “Esse tema tem que ser equacionado no Congresso, porque não é possível se falar em financiamento, se não se falar em despesa de campanha”, acredita Luís Inácio.
O presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, pediu para antecipar o voto e também se posicionou pelo fim das doações feitas por empresas. “A permissão dada às empresas de contribuírem ao financiamento das campanhas eleitorais e dos partidos é manifestamente inconstitucional por exercer uma influência nefasta, perniciosa no resultado dos pleitos”.
Outros ministros também já anunciaram que vão antecipar o voto na sessão de amanhã, mas o julgamento não será oficialmente concluído. Isso porque o ministro Teori Zavascki pediu mais tempo para analisar o processo. Ele ainda não disse quando vai concluir essa análise e, como o Supremo entra em recesso no fim da próxima semana, o julgamento só deve terminar no ano que vem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário