quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Governador nega ameaça à presidente, mas aciona procurador para garantir na Justiça abastecimento da PB

Coutinho disse não temer retaliações da presidente em virtude do posicionamento contrário às medidas da Petrobras. “Eu não sou submisso a ninguém”
 Por: Ilana Almeida



ricardo
O governador Ricardo Coutinho (PSB) negou na tarde de hoje, 06, que tenha feito qualquer tipo de ameaça à presidente Dilma Rousseff (PT) por causa da possibilidade da Petrobras encerras as atividades no Porte de Cabedelo. Contudo, o governador confirmou convocação do Procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro, para garantir o abastecimento do estado.

“O governo federal há de ter bom senso para fazer com que a Petrobras funcione da maneira que deve ser feita que é a servir ao povo. Não ameacei romper, até porque a presidente Dilma deve ter ficado sabendo na hora que liguei sobre nossa situação e seria intempestivo ameaçar romper por uma coisa que ela nem sabia. Mas expressei que acho que isso é fogo amigo e que não pode ter uma decisão tecnicista pelo fato de ter um período de desvios e a empresa perder suas funções para satisfazer aos seus acionistas. Não pode”, endureceu o discurso o governador.
Ricardo disse aguardar um bom resultado da reunião que acontece na tarde de hoje entre a vice-governadora Lígia Feliciano e diretores da estatal, em Brasília. “Esse argumento que a Petrobras ganha mais em Suape não se confirma depois que fazemos a análise toda da logística. As rodovias seriam sobrecarregadas e isso prejudica a três estados, a Paraíba, o Rio Grande do Norte e o sertão do Ceará. É sobre isso que a vice-governadora vai falar na reunião. Aguardamos bons resultados, mas também já acionamos o procurador geral do estado e mais auxiliares para impedir que tenhamos o abastecimento prejudicado. Temos mais um navio agendado para chegar e até lá teremos um posicionamento do governo federal”, ponderou.
Coutinho disse não temer retaliações da presidente em virtude do posicionamento contrário às medidas da Petrobras. “Eu não sou submisso a ninguém e só me ajoelho abaixo daquele que é superior a nós que é o Senhor”, concluiu.

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