12/06/2014 19h43
- Atualizado em
12/06/2014 22h50
Ato em BH tem confronto com balas de borracha, bombas e depredações
Um carro da Polícia Civil chegou a ser virado por vândalos.
Fotógrafo da Reuters ficou ferido na cabeça, mas sem gravidade.
Vândalos tombaram carro da polícia na Avenida João Pinheiro, em Belo Horizonte (Foto: Pedro Ângelo/G1)
Confrontos entre Polícia Militar e manifestantes marcaram o protesto que começou pacífico em Belo Horizonte
nesta quinta-feira (12). Vândalos quebraram agências bancárias,
depredaram a Praça da Liberdade e destruíram canteiros, pontos de ônibus
e lixeiras na Avenida João Pinheiro. A polícia revidou com tiros de
balas de borracha e bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo.
Fotógrafo Sérgio Moraes é ferido na cabeça durante o ato
em Belo Horizonte (Foto: Divulgação/Polícia Militar)
em Belo Horizonte (Foto: Divulgação/Polícia Militar)
O fotógrafo da Reuters Sérgio Moraes, de 52 anos, ficou ferido na
cabeça durante o confronto entre manifestantes e policiais. Segundo o
Hospital João XXIII, ele teve um ferimento leve e está em observação na
unidade.
Um capitão da Polícia Militar também ficou ferido após ser atingido por
uma pedra, conforme a corporação. Ele foi socorrido no Hospital da PM e
liberado.
De acordo com a polícia, 11 pessoas foram presas e uma adolescente,
apreendida. Entre os detidos está um médico e outro rapaz que, conforme a
PM, é suspeito de ter virado o carro da Polícia Civil
O protesto começou por volta das 12h na Praça Sete, no Centro de Belo
Horizonte. Cerca de 300 pessoas chegaram a se reunir no local. Eram
ativistas do Movimento dos Atingidos pela Copa e moradores da Ocupação
Willian Rosa, de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Eles caminharam até a Prefeitura de Belo Horizonte, na Avenida Afonso
Pena, e depois foram para a Praça da Liberdade.
Policiais Militares disparam contra manifestantes em BH
(Foto: Reprodução/TV Globo Minas)
(Foto: Reprodução/TV Globo Minas)
Quando se aproximaram da praça, pela Avenida João Pinheiro, a Tropa de
Choque da Polícia Militar já estava no local, ao redor do relógio da
Fifa, que fez a contagem regressiva para o torneio. Alguns manifestantes
ficaram irritados com a atitude da polícia, e o confronto começou.
Balas de borrachas, bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral foram
lançadas sobre os manifestantes. Alguns mais violentos começaram a
depredar canteiros centrais da Avenida João Pinheiro, e a atirar pedras
contra os policiais.
Um homem que participava da manifestação xingou um policial, que
revidou e o jogou no chão. Na confusão, várias pessoas defenderam o
manifestante, que foi arrastado por policiais e, depois, liberado.
Após este confronto, o grupo de manifestantes desceu a Avenida João
Pinheiro. Alguns usaram pedras e barras de ferro para quebrar as
vidraças de uma agência bancária privada. No Departamento de Trânsito de
Minas Gerais (Detran-MG), alguns mascarados quebraram os vidros de um
carro da Polícia Civil e o viraram. Um dos manifestantes tentou colocar
fogo no veículo, mas sem sucesso.
Grupos pequenos e dispersos voltaram para a Praça Sete, que já estava
ocupada por mais militares do Batalhão de Choque. Os manifestantes
chegaram a colocar fogo em objetos. Mais tiros foram disparados, e os
grupos se dispersaram.
Tropa de Choque e manifestantes se encontraram na Praça da Sete, em BH (Foto: Pedro Ângelo/G1)
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