02/11/2014 07h38
- Atualizado em
02/11/2014 07h38
Mulher é condenada a 1 ano de prisão no Irã por tentar ver jogo de vôlei
Campanha on-line pede libertação Ghoncheh Ghavami.
Ghoncheh foi acusada de 'propaganda contra o Estado'
Um tribunal do irã condenou a um ano de prisão uma mulher com dupla nacionalidade, iraniana e britânica, por tentar ver uma partida de vôlei, o que viola as leis de segregação que proíbem mulheres de assistir a eventos esportivos masculinos, informou seu advogado neste domingo.
Campanha on-line pede libertação Ghoncheh Ghavami (Foto: Reprodução/Change.org) |
"Hoje, o presidente do tribunal me mostrou a sentença, na qual minha cliente é condenada a um ano de prisão", disse à agência de notícias ILNA Mahmoud Alizadeh Tabataí, o advogado da jovem detida, Ghoncheh Ghavami.
Ghavamí, de 25 anos, estudante de Direito na Universidade de Londres e
graduada na Escola de Londres de Estudos Orientais e Africanos (SOAS),
foi detida em 20 de junho após ir com várias ativistas dos direitos das
mulheres a uma partida da seleção iraniana de vôlei no estádio Azadi de
Teerã.
As jovens se manifestaram fora do centro esportivo exigindo liberdade
para que as mulheres possam comparecer como público a este tipo de
evento.
Várias delas foram detidas pelas Forças de Segurança e liberadas sob
fiança após poucas horas, mas Ghavami retornou à delegacia dez dias
depois para reivindicar seus objetos pessoais e voltou a ser detida.
Ela é acusada de "propaganda contra o Estado" e passou parte de sua
detenção em uma cela de isolamento na prisão de Evin, no norte de Teerã.
Segundo a imprensa britânica, ela começou uma greve de fome em 1º de
outubro, que durou 14 dias, o que foi negado pelas autoridades judiciais
iranianas.
Ela foi julgada no dia 14 no Tribunal Revolucionário de Teerã.
Sua detenção provocou o início de uma campanha internacional exigindo sua libertação.
A plataforma www.change.org recebeu uma campanha intitulada
#FreeGhonchehGhavami (Libertem Ghoncheh Ghavami), já assinada por mais
de 700 mil pessoas e a organização Anistia Internacional também pede sua
libertação.
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