segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Oportunidade de emprego motiva estudantes estrangeiros a virem ao Brasil
A curiosidade sobre o Brasil, as possibilidades de oportunidades de
emprego e estudo, assim como a qualidade do ensino no país estimularam a
chegada de um maior número de estudantes estrangeiros no país em 2012.
Os colombianos, portugueses, franceses e angolanos lideram a lista dos
que mais procuram as cidades brasileiras para estudar, segundo o
Ministério das Relações Exteriores – responsável pela emissão dos
vistos. Só no ano passado, 1.333 estudantes colombianos vieram para o
Brasil, 944 portugueses, 934 franceses e 745 angolanos.
Na comparação com 2011, por exemplo, o número de colombianos
interessados em estudar no Brasil aumentou em quase 50%. Naquele ano,
972 estudantes colombianos pediram o visto, 441 portugueses, 798
franceses e 608 angolanos.
Os números fazem parte de um balanço, feito pelo Ministério das Relações
Exteriores, sobre os vistos de estudantes requisitados nas
representações brasileiras em 156 países. No documento, há situações
como a do Zimbábue (África), país que sofre com a hiperinflação e
dificuldades econômicas que, desde 2005, não envia estudantes para o
Brasil.
Países que enfrentam crises internas enviaram poucos ou nenhum estudante
para o Brasil. No ano passado, o país não recebeu pedidos de vistos
para estudantes da Líbia e do Mali, enquanto os palestinos pediram
apenas uma autorização, os sírios três, os tunisianos oito e os egípcios
nove.
Os estudantes que desembarcam no Brasil chegam ao país com vários
sonhos. A peruana Melissa Aragon, 25 anos, estudante de arquitetura na
Universidade de Brasília (UnB), está há quatro anos e meio na capital.
Segundo ela, a escolha pelo Brasil foi estimulada pela crença de que o
país pode oferecer mais opções de emprego.
“Como eu queria conhecer outras línguas, fiz quatro meses de português,
quando surgiu a oportunidade para estudar no Brasil, fiz a prova e
passei”, contou a estudante. O Brasil tem muitas coisas a oferecer,
desde a parte cultural, que é bastante diversificada, influências
culturais de diferentes países, tem teatro, música, a culinária
brasileira é muito boa, até as opções de trabalho, porque é um país que
está em desenvolvimento em relações aos outros países da América
Latina.”
Também aluno de arquitetura na UnB, o estudante da Guiné-Bissau
Demarbique Carlos Sanca, 22 anos, disse que teve a oportunidade de vir
para o Brasil ao conquistar uma bolsa de estudos. “Nunca imaginei
estudar aqui no Brasil. Eu pensava que qualquer oportunidade que
aparecesse para eu estudar fora [da Guiné] eu iria”, ressaltou. “Acho
que aqui as oportunidades de trabalhos são bem maiores [do que na
Guiné-Bissau]. Se quando eu concluir o curso, se surgir uma boa
oportunidade aqui, posso trabalhar um pouco no Brasil e voltar para o
meu país de origem para dar a minha contribuição como arquiteto.”
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