quarta-feira, 1 de outubro de 2014

01/10/2014 09h49 - Atualizado em 01/10/2014 09h49

Greve dos bancários na PB chega ao segundo dia com agências fechadas

Greve chega ao segundo dia nesta quarta-feira (1º), no estado.
Movimento firmou acordo com Procon-JP para manter caixas funcionando.

Do G1 PB
A greve dos bancários chega ao segundo dia nesta quarta-feira (1º) com cerca de 160 agências fechadas na Paraíba. Cerca de 85% dos bancários aderiram à greve nacional, de acordo com o Sindicato dos Bancários da Paraíba. A adesão na Região Metropolitana de João Pessoachegou a 89%, enquanto que no interior no estado o percentual é de aproximadamente 78%. A paralisação registrou tumultos na terça-feira (30), devido à discordância entre integrantes do movimento grevista e outros bancários.
No primeiro dia da greve faltou envelope e dinheiro nos caixas eletrônicos de algumas agências da capital paraibana. O problema, de acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques, foi pontual e teve relação com o grande número de operações feitas nos últimos dias por conta da antecipação dos salários dos servidores públicos do estado e da Prefeitura de João Pessoa. Segundo o Procon-JP, o movimento grevista firmou um compromisso de manter o abastecimento dos caixas eletrônicos e de envelopes para depósitos.
De acordo com Ricardo Holanda, secretário em exercício do Procon-JP, em uma reunião com os representantes do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Santander, Itau/Unibanco, HSBC e Bradesco, ficou acordado que as pessoas que não conseguirem realizar os pagamentos por problemas de limites, por exemplo, podem procurar os gerentes das agências até 72 horas após o fim da greve, que as multas e juros não sejam cobrados. “Quanto a problemas com o cartão ou senha, o consumidor também deve acionar o gerente da instituição financeira já durante a greve”, alertou secretário.
Ainda segundo o secretário, durante o período de greve, o consumidor deve procurar meios alternativos para realizar os pagamentos como as casas lotéricas e internet. “Se por algum motivo alheio à sua vontade não conseguir efetuar seus pagamentos, o consumidor também pode entrar em contato com o Procon-JP. Caso o caixa eletrônico não esteja disponível, por exemplo, o cliente deve fazer a foto do mesmo e procurar o Procon”, completou Holanda. 
As principais reivindicações dos bancários são reajuste salarial de 12,5%, Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247, 14º salário, vales alimentação e refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá, gratificação de caixa de R$ 1.042,74, gratificação de função, vale-cultura, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, isonomia de direitos para afastados por motivo de saúde, manutenção dos planos de saúde na aposentadoria, Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), fim das demissões e da rotatividade, mais contratações, proibição às dispensas imotivadas, auxílio-educação, prevenção contra assaltos e sequestros e igualdade de oportunidades.
A mais nova proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) foi de elevar o reajuste de 7% a 7,35% para os salários, enquanto o aumento no piso da categoria foi de 7,5% para 8%. No entanto, os novos índices foram considerados insuficientes pelos bancários, em reunião realizada em São Paulo. Na Paraíba, a categoria seguiu a decisão nacional.

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