CRM denuncia precariedade e superlotação no Trauma de JP e classifica situação como ‘grave’
O
Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) denunciou, nesta
sexta-feira (25), por meio de nota, a situação de precariedade e
superlotação a qual, segundo o documento, se encontra o Hospital de
Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa. A entidade classificou
os problemas encontrados no hospital como ‘grave crise’ e, por conta
disso, o Conselho quer que o governo estadual nomeie os médicos que
foram aprovados em concurso, mas que não foram convocados ainda.
“Ocorre que, a par dos graves problemas
relacionados à superlotação daquela instituição, com a rescisão dos
contratos com a Cooperativa de Anestesiologistas da Paraíba (Coopanest),
por força de uma decisão judicial transitada em julgado, a escala de
plantões – apesar das reiteradas advertências deste Conselho – vem sendo
preenchida de forma muito precária e incompleta, com sérios riscos à
população, a exemplo de fato lamentável recentemente denunciado a este
Conselho”, diz a nota.
Diante dos problemas percebidos, o CRM
quer que os médicos aprovados recentemente em concurso sejam convocados
pelo governo. “As dificuldades na contratação de profissionais são
conhecidas, mas por outro lado, é notório que o Estado realizou concurso
para médicos no qual foram aprovados e classificados 64
anestesiologistas, que aguardam contratação há dois meses, solução mais
viável e definitiva para solucionar a grave carência de profissionais,
atualmente suprida precariamente por médicos oriundos de outros
estados”, completa o documento.
Para o Conselho, a situação em que se
encontra o hospital tem uma gravidade extrema. “O CRM-PB reitera sua
preocupação com a gravidade extrema da situação e se coloca a disposição
do Ministério Público e da classe médica para discutir as possíveis
soluções estruturais e conjunturais ora vividas pela saúde pública
paraibana, ao tempo em que apela publicamente aos gestores de saúde no
sentido de envidar as providências urgentes para solucionar a grave
crise que atravessa o HTSUL, principal instituição dedicada ao
atendimento de urgência e emergência do nosso meio, salvaguardando assim
o interesse maior da nossa sociedade”, finaliza a nota.
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