domingo, 8 de março de 2015

Mais alfabetizadas e mal pagas, mulheres paraibanas ainda vivem discriminação

Enquanto na hora de ganhar mal elas são maioria, quando o assunto é ter um bom salário as mulheres ficam bem atrás. Entre os paraibanos que recebem mais de vinte salários, os homens é que são os mais bem pagos.



Por Nice Almeida
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Apesar dos avanços e das conquistas alcançadas não dá para negar: as mulheres paraibanas ainda são obrigadas a conviver com a discriminação que se reflete claramente no seu dia-a-dia, seja em casa ou no trabalho. Mais alfabetizadas que os homens, elas ainda são mais mal pagas que eles no Estado.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as paraibanas estão cada vez mais escolarizadas. Ao todo são 1.613 milhão de mulheres alfabetizadas contra 1.373 milhão de homens.
Contudo,isso não significa que elas estejam à frente deles quando o assunto é o pagamento de salários. Ainda conforme o PNAD, enquanto 129 mil homens vivem com até meio salário, 354 mil mulheres estão dentro dessa mesma realidade.
Enquanto na hora de ganhar mal elas são maioria, quando o assunto é ter um bom salário as mulheres  ficam bem atrás. Entre os paraibanos que recebem mais de vinte salários, os homens é que são os mais bem pagos. Ao todo, seis mil homens recebem esse valor mensal, já as mulheres que recebem mais de 20 salários são apenas mil.
A coordenadora geral do Centro 8 de Março, Irene Marinheiro, reconheceu que muito já foi feito, mas que outro tanto ainda há para se fazer. “Não podemos negar que as conquistas são imensas. A conquista ao voto, direito a escola, delegacia especializada, Lei Maria da Penha, temos muitas conquistas. Mas os salários ainda são desiguais. Elas ocupam a mesma função, mas têm que mostrar dez vezes mais capacidade para conseguir serem respeitadas”, lamentou.

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