domingo, 8 de março de 2015


Quando era caloura de medicina da USP, em 2011, Rosa* foi encontrada desacordada em uma festa universitária. Ela tinha 20 anos à época. Dias depois, testemunhas lhe contaram que um homem foi flagrado com ela, e ela então percebeu que havia sido vítima de violência sexual em estado vulnerável. Até hoje o inquérito do caso não foi concluído.
O que eu penso é que não tenho que ter vergonha do que aconteceu comigo. Eu não tive culpa nenhuma e se a exposição [do caso] ajudar a dar visibilidade ao assunto, eu tenho que fazer isso mesmoDesde então, ela ajudou a formar o Coletivo Geni, de mulheres da medicina da USP, e foi uma das poucas vítimas de violência na universidade a falar publicamente sobre seu caso. A pressão a levou a trancar o curso por um semestre, mas ela, atualmente com 24 anos, retomou as aulas e pretende se formar em meados de 2017.

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