quinta-feira, 12 de março de 2015

O Mundo

Maduro governará por decreto sobre paz e segurança por seis meses

Deputados publicaram texto com previsão de poderes especiais no Twitter.
Presidente deve receber a aprovação do Legislativo neste domingo.

Da EFE
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante transmissão nacional de televisão, em Caracas (Foto: REUTERS/Miraflores Palace/Handout via Reuters)Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante transmissão nacional de televisão, em Caracas (Foto: REUTERS/Miraflores Palace/Handout via Reuters)
Os poderes especiais solicitados pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que lhe permitirão legislar sem controle parlamentar em matéria de paz e segurança, terão uma duração de seis meses, segundo fotografias do texto postado nesta quarta-feira por alguns deputados no Twitter.
O deputado opositor Julio Montoya divulgou o texto através de fotos em sua conta da rede social, onde se pode ler, no terceiro artigo, que Maduro solicita os poderes especiais por seis meses a partir do momento em que a lei seja publicada na Gazeta Oficial.
Maduro receberá a aprovação do Legislativo neste domingo, quando, salvo surpresa, a maioria qualificada com a qual conta o chavismo no parlamento referendará em sessão extraordinária o apoio à conhecida como "lei habilitante anti-imperialista".
O chefe do Executivo receberá pela segunda vez estes poderes especiais para legislar nos quase dois anos transcorridos desde que foi eleito presidente, depois que em 2013, sete meses após ser investido, os solicitou pela primeira vez e por um ano de duração.
Para argumentar esta nova solicitação, Maduro afirmou ontem na Assembleia Nacional que, com estes poderes especiais, poderia "enfrentar" as "ameaças" dos Estados Unidos.
Um dia antes, o presidente dos EUA, Barack Obama, declarou uma "emergência nacional" em seu país pela 'ameaça incomum e extraordinária' que a situação da Venezuela, em sua opinião, representava para a segurança americana.
Maduro considerou então estas decisões como "o passo mais agressivo, injusto e nefasto" dado contra a Venezuela e o emoldurou dentro das ações de um suposto golpe de Estado, financiado pelos EUA e já desmantelado, segundo Caracas.

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