domingo, 14 de julho de 2013

Se os salários deles que são gordo não dar. Imagine um miserável salário mínimo para quem tem quer sobreviver dele?




Redução salarial desagrada parlamentares paraibanos

Deputados e senadores paraibanos afirmam que diminuição não é a solução para resolver problemas do país
Legislativo | Em 14/07/13 às 08h13, atualizado em 14/07/13 às 08h25 | Por Mislene Santos, Jornal Correio da Paraíba
Ruy Carneiro
Ruy Carneiro
O Congresso Nacional gasta cerca de R$ 1 bilhão, por ano, com salários e regalias dos deputados e senadores. Do montante, a bancada federal paraibana (composta por 12 deputados e três senadores) leva R$ 22.442.851,08. Com este valor, o Estado está entre as 13 bancadas mais caras do País.
Por mês, cada deputado tem direito a R$ 140.283,55. Sendo R$ 26.723,13 de salário, R$ 78 mil de verba de gabinete, para contratar até 25 assessores, e R$ 35.560,42 de cota parlamentar destinada ao pagamento de passagens áreas, manutenção de escritório, aluguel de veículos e gastos com combustível.
Já cada senador abocanha R$ 62.278,33 por mês. Do total, R$ 26.723,13 é referente ao salário, R$ 20.555,20 a verba transporte aéreo e R$ 15 mil a verba indenizatória. Os assessores dos senadores são nomeados via Senado, por isto eles não dispõem de verba de gabinete para pagamento dos mesmos.
A ideia de reduzir os próprios salários não agrada aos parlamentares federais. Deputados federais paraibanos ouvidos pelo Correio argumentam que a redução não resolverá os problemas que o país vem enfrentando. “Acho que isso não resolve absolutamente, nada. Nós estamos aqui (na Câmara) para defender melhorias salariais para todas as classes e para qualquer função”, afirmou Manoel Júnior (PMDB), que é coordenador da bancada da Paraíba na Câmara.
De acordo com o peemedebista, o salário de um deputado não é alto, se comparado com o trabalho que ele desenvolve. Para Manoel Júnior, se for para diminuir o salário dos parlamentares também se faz necessário reduzir os dos ministros, desembargadores, juízes, prefeitos e governadores. “Eu quero aumentar o salário dos professores. Agora, tem aqueles que fazem proselitismo, eu não faço. Esta discussão eu enfrento com muita tranquilidade, porque faço jus ao salário que recebo, pois trabalho muito”, declarou.
Para o democrata Efraim Filho, no Brasil tudo é possível desde que haja sintonia entre a vontade do povo e o Congresso Nacional. “Para expressar minha opinião sobre este assunto eu teria que me debruçar melhor sobre o tema, para saber quais são os argumentos que estão sendo defendidos”. Ele saiu em defesa dos parlamentares e lembrou que eles já fizeram muito ao cortar o 14º e 15º salários.
“Ruy Carneiro (PSDB) acredita que tudo é discutível. Porém, ressaltou que não se deve mirar apenas no salário dos deputados e senadores, que é o mesmo pago ao presidente da República e aos ministros. “Se for para cortar, tem que ser de forma geral”.
De acordo com Ruy, o salário dos parlamentares não é o problema do Brasil. “Este está na eficiência dos gestores, no que eles produzem de forma geral. As discussões devem ser feitas em cima desta questão. Estou elaborando um projeto para que todos os gestores, antes de assumir um cargo público, passem por um curso elaborado pelo Tribunal de Contas do Estado”, adiantou.
Para Leonardo Gadelha (PSC), do ponto de vista constitucional, não seria possível reduzir os salários dos parlamentares. Mas, do ponto de vista político, é possível. Também declarou que esta não é a melhor alternativa para solucionar os problemas que o país enfrenta no momento.
“A população querendo consegue cortar tudo. Esta é uma medida que em um momento como o que estamos vivendo é possível de se efetivar. No entanto, a redução salarial dos deputados e senadores não provocará uma economia expressiva e nem resolverá os nossos problemas. Tudo o que está sendo reclamado pode ser resolvido pelo voto consciente e a melhor escolha dos parlamentares”, justificou.
Já o deputado Luiz Couto (PT) colocou nas mãos da população a responsabilidade da redução dos salários e das regalias dos parlamentares. “O povo é quem vai dizer se isto é possível ou não”, comentou o petista. Por outro lado, lembrou que a legislação trabalhista não permite à redução de remuneração e de gratificação de nenhum trabalhador. “Mas nós temos o Congresso para fazer esta discussão”, lembrou o petista.

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